Procedimento é indicado para animais que possuem anemia grave; para ser doador, cão precisa ter acima de dois anos, pesar mais de 20 quilos e estar sadio.
As transfusões de sangue não são utilizadas apenas nos cuidados de saúde dos seres humanos. Apesar de serem menos comuns, elas também podem ajudar na recuperação de cães doentes. Mas assim como ocorre com as pessoas, há condições específicas nas quais esse procedimento é indicado.
O veterinário Vinícius Tolentino explica que são indicadas as transfusões em cães que apresentem anemia grave, ou que possuam doença que provoque anemia, sendo uma das mais comuns a hemoparasitose, conhecida como 'doença do carrapato'.
Ele aponta ainda que em Belo Horizonte existe um banco de sangue canino, mas no interior não é possível contar com um estoque já à disposição. “Por esse motivo, não há como armazenar o sangue do animal doador; é preciso colher o sangue e fazer a transfusão para o paciente quase que de imediato”, explica.
Critérios
Também experiente na prática, o veterinário João Ephraim Ferreira destaca que possui clientes que já colaboraram e deixaram seus animais servirem como doadores, mas também acontece do tutor do cão doente ficar responsável por encontrar um doador.
Ele conta ainda que no universo canino também existem diferentes tipos sanguíneos, mas a primeira transfusão pode ser feita sem problemas, embora nas transfusões seguintes é preciso fazer exame para identificar a compatibilidade da tipagem sanguínea entre doador e receptor.
Também é importante evitar a alimentação antes e depois da transfusão de sangue. Serão coletadas outras amostras de sangue entre a primeira e as próximas 72 horas seguidas do procedimento, para acompanhamento da sobrevivência (viabilidade) das células transfundidas. Isto para se estar atento a uma possível rejeição. Após a primeira transfusão, aumentam muito as chances de ocorrerem reações.
Mas tudo isso também deve ser confirmado com um médico especialista para tirar maiores dúvidas.
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